The Swapper é um puzzle de plataforma da produtora Facepalm Games, em que você encarna um astronauta preso na Estação Espacial Theseus, na órbita de um planeta remoto.
Procurando uma saída, você encontra um dispositivo capaz de criar um clone que reproduzirá cada movimento seu com exatidão. O dispositivo também permite trocar sua consciência/alma (eis o swap do título) com qualquer um dos clones criados.
Para avançar no jogo, você deve explorar as salas da estação espacial e resolver seus quebra-cabeças, que geralmente envolvem usar os clones para pisar em plataformas e remover obstáculos. Conforme a dificuldade das telas aumenta, o jogo cria algumas complicações, como luzes que te impedem de criar clones ou trocar de corpo.
Enquanto você joga, criando e destruindo clones só pra atravessar vãos e acessar salas, The Swapper faz poucas interrupções pra expandir sua história, deixando bastante para a imaginação e a exploração.
Cabe ao jogador decidir se vai avançar sem prestar atenção ou se (e quão fundo) vai aproveitar as deixas sutis e mergulhar em uma análise de consciência e individualidade. Será que o corpo físico e a alma são mesmo independentes? É realmente possível avançar de clone em clone, sem deixar um pedaço de si mesmo para trás? Como saber se o clone não tinha sua própria consciência, agora presa em um corpo “descartável”, que será destruído assim que o jogador sair da sala? O jogo não faz menção de responder
Mesmo se o jogador não morder a isca sci-fi, The Swapper ainda é excelente. A atmosfera do jogo é rica, com uma arte e trilha sonora cuidadosas que garantem uma imersão agradável. Os quebra-cabeças são projetados e mesmo os mais complexos são gratificantes.
Terminei o jogo em 6 horas e apesar de ficar um pouco melancólica pelos clones assassinados, valeu a pena pela ótima experiência com alta qualidade.